O tradicional Juventus, da Mooca, está vivendo um momento de transição importante. Fora da edição 2025 da Copa Paulista — algo que não acontecia desde a criação do torneio — o clube decidiu voltar suas atenções para dentro. Mais precisamente, para o futuro do próprio futebol profissional. E esse futuro pode envolver um novo modelo de gestão: o formato de Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
Nos bastidores, já existem conversas avançadas. Três grupos distintos demonstraram interesse em investir no clube, e uma reunião extraordinária do Conselho está marcada para meados de junho. Será nessa ocasião que os projetos serão apresentados com todos os detalhes, e caberá aos conselheiros e associados avaliar se vale ou não seguir nesse novo caminho.
A decisão de não disputar a Copa Paulista neste ano também foi estratégica. A diretoria entendeu que o esforço financeiro necessário para manter o time em atividade, sem um retorno proporcional, já estava sobrecarregando os cofres do clube social. O foco, então, virou completamente para a reestruturação do departamento de futebol e a montagem de uma base sólida visando a Série A2 do Paulistão em 2026.
A possível transformação em SAF é vista com bons olhos pela gestão atual, que acredita que esse modelo pode profissionalizar a administração e facilitar a chegada de novos aportes financeiros. Com isso, o objetivo é claro: voltar a ser competitivo e, quem sabe, sonhar com a elite estadual nos próximos anos.
Por outro lado, há quem veja com cautela esse processo. Parte da oposição levanta dúvidas sobre a transparência das negociações e teme que a essência do clube se perca no caminho. A diretoria, no entanto, garante que todos os passos estão sendo tomados com responsabilidade, prezando pela tradição do Moleque Travesso.
Enquanto os bastidores fervem, a torcida aguarda por novidades e torce para que o Juventus volte a brigar por títulos e subir de patamar. Seja com SAF ou não, o momento pede decisões importantes — e o futuro começa a ser desenhado agora.